Bruno Valverde Cota*
Pela sua abrangência e potencial de atingir alvos, as acções de comunicação constantes nos planos de marketing das empresas tendem a incluir a publicidade em lugar proeminente. Publicidade que é veiculada em meios ditos tradicionais como imprensa, rádio, televisão e painéis exteriores. Aliás, é pouco comum assistir-se ao lançamento de um produto sem uma dose considerável de investimento publicitário. Em paralelo, têm sido desenvolvidas várias teorias como suporte à decisão de investimento em publicidade, principalmente focalizadas no processo cognitivo (por exemplo o Modelo AIDA), na escolha dos meios e na medição do impacto do investimento (cobertura, frequência, “gross rating point”, custo por mil, recordação espontânea e assistida, reconhecimento, etc). Contudo, um conjunto de factores está a fazer com que o predomínio da publicidade esteja em erosão, impulsionando os anunciantes a desviarem parte crescente dos seus orçamentos para formas não tradicionais de comunicação. Um desses factores é a fragmentação de audiências, com a emergência dos canais temáticos na televisão (cabo, digital), de rádio (feixes hertzianos, Internet, digital audio broadcast), imprensa (várias revistas especializadas) e com a emergência da Internet de alta velocidade. Ou seja, está cada vez mais difícil atingir as audiências. Temos também o fenómeno do “zapping” e o aumento do custo da publicidade. Por último, o esbater da fronteira entre a publicidade e o entretenimento, removendo o domínio do conteúdo e da mensagem tradicionalmente veiculada em anúncios.
Pela sua abrangência e potencial de atingir alvos, as acções de comunicação constantes nos planos de marketing das empresas tendem a incluir a publicidade em lugar proeminente. Publicidade que é veiculada em meios ditos tradicionais como imprensa, rádio, televisão e painéis exteriores. Aliás, é pouco comum assistir-se ao lançamento de um produto sem uma dose considerável de investimento publicitário. Em paralelo, têm sido desenvolvidas várias teorias como suporte à decisão de investimento em publicidade, principalmente focalizadas no processo cognitivo (por exemplo o Modelo AIDA), na escolha dos meios e na medição do impacto do investimento (cobertura, frequência, “gross rating point”, custo por mil, recordação espontânea e assistida, reconhecimento, etc). Contudo, um conjunto de factores está a fazer com que o predomínio da publicidade esteja em erosão, impulsionando os anunciantes a desviarem parte crescente dos seus orçamentos para formas não tradicionais de comunicação. Um desses factores é a fragmentação de audiências, com a emergência dos canais temáticos na televisão (cabo, digital), de rádio (feixes hertzianos, Internet, digital audio broadcast), imprensa (várias revistas especializadas) e com a emergência da Internet de alta velocidade. Ou seja, está cada vez mais difícil atingir as audiências. Temos também o fenómeno do “zapping” e o aumento do custo da publicidade. Por último, o esbater da fronteira entre a publicidade e o entretenimento, removendo o domínio do conteúdo e da mensagem tradicionalmente veiculada em anúncios.
Assim, as várias forças em acção parecem estar a retirar o domínio da mensagem das mãos dos anunciantes e a colocá-lo cada vez mais na mão dos consumidores. Para tentarem recuperar, ao menos parcialmente o seu domínio, os anunciantes estão a dedicar uma atenção crescente às formas não tradicionais de comunicação.
Neste âmbito, destaco três grandes formas de comunicação não tradicional:
1) Promoções cruzadas (domínio através da cooperação). A colocação de produtos, em um filme ou telenovela, que é apoiada por publicidade conjunta dos produtores e distribuidores do filme com os produtores cujos produtos são expostos no enredo. Outros exemplos incluem sacos de compras (em Portugal o famoso saco de plástico do Expresso, com faces ocupadas pela Microsoft e pela HP) ou cupões (a compra de um produto dá um direito a um cupão para uso na compra de um outro).
1) Promoções cruzadas (domínio através da cooperação). A colocação de produtos, em um filme ou telenovela, que é apoiada por publicidade conjunta dos produtores e distribuidores do filme com os produtores cujos produtos são expostos no enredo. Outros exemplos incluem sacos de compras (em Portugal o famoso saco de plástico do Expresso, com faces ocupadas pela Microsoft e pela HP) ou cupões (a compra de um produto dá um direito a um cupão para uso na compra de um outro).
2) Patrocínios (domínio através da associação). Procura-se a associação de uma marca com um determinado acontecimento (O BES e o Open do Estoril ou o MillenniumBCP e o Rock in Rio Lisboa), equipa desportiva (PT e as equipas de futebol profissional do Benfica, Sporting e Porto), personalidade (Fernanda Serrano e o BPI), local (a EDP que dá o nome a uma das portas do Estádio Alvalade XXI, a Sagres que dá o nome a uma bancada do Estádio do Benfica ou produto (José Mourinho e o cartão American Express ou a rolha de cortiça portuguesa).
3) Colocação de produtos e serviços (domínio através da ocupação espacial). A ideia é a de oferecer aos anunciantes um ambiente envolvente em que o público está cativo. Seja através de anúncios colocados nos filmes exibidos em viagens de avião de longo curso, nas zonas de espera das consultas hospitalares ou das agências bancárias, nos tabuleiros das cantinas universitárias, nos pacotes de pipocas dos cinemas UCI, as oportunidades e os exemplos abundam.
Na verdade, como os conteúdos da comunicação não tradicional não são vistos como “operações” de marketing comercial, podem ser mesmo considerados mais credíveis que a publicidade convencional. Estamos numa era exigente e as empresas anunciantes deverão procurar o equilíbrio certo das políticas de marketing a definir. A comunicação não tradicional deverá certamente fazer parte desse «mix».
* Doutorado em Gestão de Empresas e especialista em assuntos de Marketing, Comunicação e Marcas. www.marketingfaculty.blogspot.com
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